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Artigo MAV: Viver Mais ou Viver Melhor?

    12/08/2025Viver Mais ou Viver Melhor? Descubra o Healthspan–Lifespan Gap

    O que é o healthspan–lifespan gap e por que ele importa para o seu futuro?

    O healthspan–lifespan gap é a diferença entre quanto vivemos (lifespan) e quanto desse tempo vivemos com saúde e qualidade de vida (healthspan).

    • Lifespan (expectativa de vida): número total de anos que uma pessoa vive.
    • Healthspan (expectativa de vida saudável): número de anos vividos sem doenças crônicas incapacitantes, limitações funcionais graves ou perda de autonomia.
    • O gap: a diferença entre essas duas medidas.

    Exemplo: Se alguém vive 82 anos (lifespan), mas começa a enfrentar doenças e limitações importantes a partir dos 68 anos (healthspan), o gap é de 14 anos. Esse período costuma ser marcado por tratamentos médicos intensivos, uso frequente de medicamentos, internações ou dependência de cuidadores.

    O que dizem os dados globais

    Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado ao longo de 20 anos e abrangendo 183 países, identificou um gap médio global de 9,6 anos. Isso significa que, em média, as pessoas passam quase uma década de suas vidas enfrentando dor ou doença.

    O estudo também revelou que:

    • Um aumento no número de anos que as pessoas passam convivendo com dor, de 8.5 a 9.6 anos.
    • As mulheres apresentam um gap 2,4 anos maior que os homens — possivelmente por viverem mais, mas passarem mais tempo em condições de saúde debilitada.
    • O gap nos Estados Unidos é um dos mais altos do mundo: 12,4 anos.
    • A expectativa de vida global aumentou 6,5 anos nos últimos 20 anos, graças aos avanços médicos e tecnológicos — mas nem sempre acompanhada de mais anos com saúde.
    • O maior crescimento de expectativa de vida ocorreu em países africanos como Ruanda, Malawi e Burundi, enquanto houve queda em países como Venezuela e República Dominicana.

    O desafio: viver mais e melhor

    A longevidade humana está aumentando, mas ainda enfrentamos um dilema importante: estamos vivendo mais anos, porém nem sempre com qualidade de vida. Viver com dor ou limitações não é sinônimo de envelhecer bem.

    Esse gap traz implicações não só para as pessoas que o vivenciam, mas também para governos e instituições, que precisam investir mais em:

    • Prevenção de doenças crônicas
    • Manejo da dor
    • Estruturas de apoio à autonomia e ao envelhecimento saudável
    • Políticas públicas de promoção de bem-estar físico e mental

    A verdadeira meta não deve ser apenas viver mais tempo, mas garantir que esses anos extras sejam vividos de forma ativa, independente e com saúde. Afinal, longevidade só vale a pena quando é acompanhada de qualidade de vida.

     

    Referências:

      • https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2827753?utm_source=whatsapp&utm_campaign=content-shareicons&utm_content=article_engagement&utm_medium=social&utm_term=080725

     

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