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Mulheres na História -Annie Easley

    21/10/2025–  Outubro no Mulheres na História – O Lado Feminino Não Contado

    Neste mês, destacamos a trajetória de Annie Easley (1933–2011 E.C.), uma das primeiras mulheres a trabalhar na NASA e pioneira em áreas como lançamentos de foguetes, computação e matemática aplicada à ciência. Sua história é um retrato de coragem, talento e resiliência.

    Annie nasceu no Alabama, Estados Unidos, e foi criada apenas pela mãe, que desde cedo a incentivava a acreditar em seu potencial e a seguir seus sonhos. Cresceu em um contexto de segregação racial, estudando em escolas destinadas a pessoas negras, com menos recursos e oportunidades do que aquelas frequentadas por pessoas brancas. Sua infância e juventude foram marcadas por estereótipos e limitações impostas pelo racismo e pelo machismo, desafios que ela enfrentaria com determinação ao longo de toda a vida.

    Seu sonho inicial era cursar enfermagem, mas quando o programa foi encerrado na universidade em que estudava, Annie precisou redirecionar sua carreira. Em 1955, ao ler no jornal sobre duas irmãs que trabalhavam como “computadoras humanas” para o National Advisory Committee for Aeronautics (NACA), antecessor da NASA, ela decidiu se candidatar. Duas semanas depois, foi contratada no laboratório de propulsão de voo em Cleveland, Ohio. Sua formação acadêmica seria concluída apenas em 1977, com um bacharelado em Matemática, conciliando trabalho e estudos.

    Ao longo de 34 anos de carreira, Annie Easley desempenhou um papel fundamental em projetos de navegação espacial e em pesquisas sobre novas fontes de energia para lançamentos de foguetes. Foi uma das responsáveis pela transição do trabalho manual para a programação de computadores, dominando linguagens como Fortran e contribuindo com códigos que se tornaram base para projetos de grande impacto tecnológico.

    Mas Annie não deixou sua marca apenas na ciência. Ela também atuou como conselheira de igualdade de oportunidades na NASA, apoiando casos de discriminação por gênero, raça e idade. Engajou-se em programas de divulgação científica, incentivando meninas e minorias a seguirem carreiras em STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Fora do ambiente técnico, era lembrada pelo espírito positivo, pela dedicação ao trabalho em equipe e pelo envolvimento em iniciativas comunitárias e de bem-estar.

    O legado de Annie Easley vai além de suas contribuições científicas. Ela abriu caminhos para outras mulheres e para pessoas negras na ciência e na tecnologia, provando que talento, perseverança e coragem são capazes de derrubar barreiras históricas.

    Até a próxima História!

    Referências: 

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